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Alaúde: É um instrumento de cordas. A produção do som se dá através do pinçar das cordas diretamente com os dedos ou através de uma palheta. O braço do instrumento (a longa tábua de madeira contra a qual o instrumentista pressiona, com os dedos, as cordas) é dotado de trastes, que nada mais são além de alto-relevos que ajudam o alaudista a encontrar com mais facilidade a posição correta para os dedos. É um instrumento de funcionamento semelhante ao do violão, mas o seu formato é um pouco diferenciado: as costas da sua caixa de ressonância são abauladas, enquanto que, no violão, as costas são planas.Baixo: É um termo que, tradicionalmente, é utilizado, explicando de forma simplificada, para se referir a um cantor do sexo masculino dotado de voz grave. O mesmo termo é aplicado a um instrumento de uma família de instrumentos que, comparado aos outros instrumentos da mesma família, produz os sons mais graves. Uma flauta baixo, portanto, seria a flauta que, dentre todos os tipos de flauta, produz os sons mais graves.
Contralto: É um termo que, tradicionalmente, é utilizado, explicando de forma simplificada, para se referir a uma cantora do sexo feminino dotada de voz grave. O mesmo termo é aplicado a um instrumento de uma família de instrumentos que, comparado ao instrumento mais agudo da mesma família, produz sons um pouco mais graves. Uma flauta contralto, portanto, seria a segunda flauta mais aguda dentro de um consorte de flautas.
Chaves: Em instrumentos de sopro tais quais a flauta, a clarineta, o fagote, o saxofone, o oboé e vários outros, as chaves são os pequenos mecanismos que pressionamos a fim de fechar ou abrir os orifícios do instrumento. O abrir e fechar de chaves - através daquilo que chamamos de combinações de dedilhados, ou seja, da ação simultânea de nossos dedos pressionando e liberando as chaves - é um par de ações que possibilita a emissão de diferentes notas musicais no mesmo instrumento de sopro.
Cravo: É um instrumento de teclas que foi muito utilizado no período barroco. Grosso modo, pode ser considerado o predecessor do piano. Entretanto, seus mecanismos são um tanto diferentes: enquanto que, no piano, ao apertarmos uma tecla, um martelo é acionado e o mesmo bate contra uma corda localizada no interior do instrumento, no cravo, quando apertamos uma tecla, a corda não é percutida, mas sim "beliscada". Em outras palavras, o mecanismo acionado pela tecla do cravo puxa a corda. Além disso, o cravo não é capaz de produzir sons de intensidades (ou volumes diferentes), uma vez que o mecanismo acionado pelas teclas não é sensível à força aplicada pelo tecladista sobre elas - uma limitação que, em parte, levou à invenção do piano.
Escala: Podemos definir escala, muito simplificadamente, como uma sequência de notas musicais. Essa sequência pode ser ascendente, quando partimos da nota mais grave da escala para a mais aguda, ou descendente, quando fazemos o caminho inverso. Uma escala está limitada dentro de uma oitava (ver definição de oitava neste glossário), de forma que as notas mais aguda e mais grave de uma escala têm o mesmo nome. Por exemplo: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó (escala ascendente); dó, si, lá, sol, fá, mi, ré, dó (escala descendente). Escalas podem começar de qualquer uma das notas e existem vários tipos delas (maiores, menores, cromáticas...).
Espineta: É um cravo de menores proporções.
Extensão: Quando falamos na extensão de um determinado instrumento musical, estamos nos referindo às notas que ele é capaz de produzir, desde sua nota mais grave até a nota mais aguda. O termo alcance pode ser usado como sinônimo, em alguns casos.
Harmonia: É o nome dado àquilo que geralmente consideramos ser o acompanhamento de uma melodia. A harmonia consiste de notas tocadas simultaneamente, as quais podem ser representadas por estruturas sonoras conhecidas como acordes. Um bom exemplo seria uma canção popular, como Garota de Ipanema, cantada e acompanhada por um violão: o cantor faz a melodia, enquanto que o violonista toca acordes que servem de acompanhamento para a melodia.
Hz: É a abreviação de "hertz", a unidade de medida utilizada para descrever quantas vezes por segundo um determinado objeto vibra. Em outras palavras, ela se refere à frequência de vibração do objeto dado. No caso da música, ela descreve quantas vezes por segundo uma corda (no caso de instrumentos como o violão ou o violino) ou uma coluna de ar (no caso de instrumentos de sopro) vibra. Quando dizemos que a nota lá de um determinado instrumento é um lá 440hz, queremos dizer, portanto, que a corda ou coluna de ar vibra 440 vezes por segundo.
Método: “(...) conjunto de regras e princípios
normativos que regulam o ensino ou a prática de uma arte (...)”; “(...)
compêndio que apresenta detalhadamente as etapas desse método (...)”. HOUAISS,
Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário
Houaiss da Língua Portuguesa. 1ªEd. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001.
p.1910. Métodos de flauta podem ser definidos como obras que visam mostrar ao
leitor uma série de ações que, se seguidas à risca, o levarão a tocar o
instrumento a contento.
Oitava: Damos o nome de oitava à "distância" (ou intervalo) que há entre uma determinada nota musical e sua repetição mais grave ou mais aguda.
Tomemos como exemplo este teclado de piano. A nota dó (representada pela letra C) que tomaremos como referência aparece apontada por uma seta vermelha. O leitor observará que há outras notas dó ao longo do teclado, todas representadas pela letra C. Uma oitava é a "distância" (ou intervalo) entre uma determinada nota e uma das duas outras notas de mesmo nome que estão mais próximas dela. Tomando o dó com a seta vermelha como referência e indo para a esquerda ao longo do teclado (ou descendo, indo para as notas mais graves), logo encontraremos uma outra nota dó. Dizemos que este dó que acabamos de encontrar está uma oitava abaixo do dó que adotamos como referencial. Partindo, novamente, do nosso referencial previamente estabelecido e indo para a direita ao longo do teclado (ou subindo, indo para as notas mais agudas), encontraremos outro dó. Dizemos que este novo dó está uma oitava acima do dó referencial. A mesma regra para encontrar oitavas aplica-se às demais notas musicais.
Rabeca: É um instrumento de cordas muito semelhante ao violino, mas dotado de um timbre ligeiramente diferente. Pertencente à família das cordas friccionadas, suas cordas soam através da fricção aplicada contra elas através do manuseio de um acro feito de crina de cavalo untado no breu. O rabequeiro (ou tocador de rabeca) apóia o instrumento no braço e contra o peito. No Brasil, o instrumento tornou-se muito popular entre cantadores nordestinos, assim como a viola.
Semitom: Menor intervalo entre dois sons no sistema de
temperamento igual (sistema esse utilizado em grande parte da música ocidental). Corresponde à diferença de altura entre duas teclas adjacentes do piano
– uma branca e a preta adjacente, ou duas brancas quando não há uma preta entre
elas (ver verbete sobre Oitavas, o qual possuiu a imagem do teclado de um
piano). Também é o intervalo entre duas notas produzidas ao apoiar o dedo sobre
duas casas adjacentes na mesma corda de uma guitarra, por
exemplo.
Tenor: É um termo que, tradicionalmente, é utilizado, explicando de forma simplificada, para se referir a um cantor do sexo masculino dotado de voz aguda. O mesmo termo é aplicado a um instrumento de uma família de instrumentos que, comparado aos outros instrumentos da mesma família, produz os sons graves, mas não tão graves quanto os do baixo. Uma flauta tenor, portanto, seria a flauta que, depois da flauta baixo, produz os sons mais graves.
Teorba: É um instrumento semelhante ao alaúde, mas notavelmente maior em tamanho, dotado de mais cordas e atingindo sons mais graves.
Tessitura: Conjunto de notas usadas por um determinado instrumento musical, com a qualidade necessária à sua execução. No caso da voz humana, refere-se ao conjunto de notas que um cantor consegue articular sem esforço de modo a que o timbre saia com a qualidade necessária. A tessitura tem, portanto, uma abrangência menor que a extensão. Enquanto que a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às notas mais frequentemente utilizáveis.
Teorba: É um instrumento semelhante ao alaúde, mas notavelmente maior em tamanho, dotado de mais cordas e atingindo sons mais graves.
Tessitura: Conjunto de notas usadas por um determinado instrumento musical, com a qualidade necessária à sua execução. No caso da voz humana, refere-se ao conjunto de notas que um cantor consegue articular sem esforço de modo a que o timbre saia com a qualidade necessária. A tessitura tem, portanto, uma abrangência menor que a extensão. Enquanto que a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às notas mais frequentemente utilizáveis.
Tom: Intervalo entre dois sons corresponde à diferença de altura entre duas teclas brancas do piano quando há uma tecla preta entre elas
ou ainda entre duas teclas pretas (exceto quando há duas teclas brancas entre
elas). Um tom corresponde a dois semitons.
Vibrato: Termo que se refere a uma técnica utilizada por cantores, instrumentistas de cordas friccionadas (violino, violoncelo, etc.) e por instrumentistas de sopro. Trata-se de dar uma qualidade vibrante, um tanto trêmula, ao som produzido. Essa técnica pode ser melhor observada em cantores líricos e em violinistas. O vibrato dos instrumentistas de cordas friccionadas é, geralmente, feito através da movimentação milimétrica do dedo que pressiona a corda para frente e para trás. Para cantores e instrumentistas de sopro, as maneiras são diversas: utilizando os músculos abdominais; utilizando os músculos da garganta; utilizando os músculos labiais.
Viola da gamba: É um instrumento de cordas friccionadas (tal como é o violino e a rabeca). Pode ser considerado como o predecessor do violoncelo: ele é tocado entre as pernas do instrumentista - daí seu nome: "viola da gamba", ou "viola de perna". Ao contrário do violoncelo, porém, a viola da gamba precisa ser segurada através da pressão das duas pernas do instrumentista, uma vez que ela não possuía aquela haste de metal possuída pelos violoncelos e que faz com que estes últimos não necessitem da pressão das pernas como apoio.
Tratado: “(...) obra que expõe de forma didática um ou vários
assuntos a respeito de uma ciência, arte etc. (...)”. HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. 1ªEd. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001. p. 2756.
Tratados de flauta podem ser definidos como obras que visam discutir de forma
aprofundada a arte do fazer musical flautístico, levantando questões que vão
além do tocar do instrumento e não necessariamente tendo por objetivo fornecer
ao leitor um método de aprendizagem do instrumento.
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